Nos tempos atuais a verdade já não se sustenta, o que nos desafia a construir laços levando em consideração a variedade.
Em uma experiência de análise, vai-se de verdade em verdade, desfazendo-se de algumas e reconstruindo outras, que contemplem o modo singular de cada sujeito gozar na vida. O discurso analítico não está coordenado pelo universal; sua referência é o não-todo e não o todo.
Ele toma um a um os sujeitos. Desde Freud, que indicava a tomas cada paciente a partir do zero. Uma psicanálise que é orientada para o singular rompe com as premissas da saúde mental, da universalização, do igual para todos.
A partir do comentário de Lacan, “todo mundo é louco, isto é, delirante”, temos uma clínica que invalida a idéia de cura, de verdade, uma clínica que questiona o conceito de norma e loucura.
Soraya Valerim - Psicanalista (EBP/SC)
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