segunda-feira, 11 de agosto de 2008

ARTEIRA


Em 12 de setembro próximo, por ocasião da III Jornada, a Seção SC (e-f) da EBP lançará o primeiro número de “arteira” – Revista de Psicanálise.
Seis Seções agrupam os textos deste número:
- Em Política Lacaniana, trata-se de abordar a posição da psicanálise no mundo contemporâneo; a posição dos analistas, em relação às instituições e ao Outro Social, marcada profundamente pela concepção do tratamento e pelos próprios princípios da psicanálise; e a questão da formação dos analistas, situando a ética, a construção e a clínica lacanianas no registro da política.
- Em Psicanálise e Felicidade - tema que está colocado em debate, atualmente, no interior do Campo Freudiano -, encontram-se elaborações que buscam demarcar as diferenças entre os discursos contemporâneos e o discurso analítico. Assim, faz-se um contraponto entre a felicidade que, mais do que como um ideal, aparece como um imperativo - que não deixa de incluir os artefatos da ciência e de engendrar, inclusive, políticas públicas que visem eliminar os impasses próprios do estar no mundo - e a felicidade, na perspectiva da psicanálise, que leva em conta a existência do real, sem lei, e que, portanto, não apontando saídas generalizáveis, só pode apostar na saída do ‘um a um’, em invenções, sem garantias, ante o particular do desejo e a singularidade da satisfação sintomática.
- Em Peças Avulsas, fazendo uso do título de um dos recentes cursos da Orientação Lacaniana – proferido por Jacques-Alain Miller -, reúnem-se textos onde questões clínicas e teóricas - gozo, objeto, desejo, angústia, amor, o feminino, sintomas contemporâneos, etc. - abordam os limites do desejo, o arrebatamento do gozo, as possibilidades sintomáticas e o fazer do analista na direção do tratamento.
- Em Clínica Borromeana e Passe, os artigos abordam, desde diferentes ângulos, o final de análise e o passe, a partir da segunda clínica de Jacques Lacan, percorrendo o fio que une a questão do fim de análise à concepção do inconsciente, da interpretação - quando o Outro não existe -, do ato analítico, das vicissitudes do objeto a e da lógica do não-toda.
- Em Conexões, uma vez que a psicanálise sempre dialogou com outros saberes (Antropologia, Filosofia, Literatura, Direito, Medicina, Artes Plásticas, etc.), dos quais soube extrair os ensinamentos que melhor lhe permitiram situar, no horizonte, a subjetividade de sua época, neste número, a Literatura é nossa interlocutora.
- Em Centro Psicanalítico de Consulta e Tratamento (CPCT), apresenta-se, em um caso clínico, uma política que articula a psicanálise aplicada à terapêutica e a força viva do desejo do analista.

Liège Goulart - EBP-SC (em formação)

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