Assim denomina Jacques-Alain Miller a série de seus cursos anuais iniciados desde 1972, no Departamento de Psicanálise da Universidade de Paris VIII. Segundo Miller, a orientação implica “uma arte de se reconhecer o lugar onde se está, determinando pontos cardeais.” Por outro lado, significa afirmar que “há movimento na orientação de Lacan”. Como nos transmitiu Carlos A. Nicéas, para Miller, "a orientação analítica foi concebida como um avesso da produção de um saber acabado, imóvel”(2007).
Neste ano, tomou-se como eixo de estudo o Curso que Jacques-Alain Miller iniciou em novembro de 2007. Miller afirma que se o tempo de Freud foi o do “Mal-estar na civilização”, a época de Lacan foi a dos impasses na civilização. Desde o momento em que a produção “tomou as rédeas da civilização o sujeito se viu em relação com o objeto mais-de-gozar, que supõe uma certa indiferenciação do objeto, implica uma numeração do objeto na qual a questão é: quanto?” A preocupação, e mesmo o espanto, com o modo como o discurso da quantificação se apodera de nossa existência, leva Miller a chamar os psicanalistas para uma “ação lacaniana”: contra o deserto da quantificação e contra a “organização de um estado de felicidade uniforme de todos os homens” (Heidegger).
As aulas são apresentadas por membros da Seção SC e convidados. Para participar é necessário falar com a responsável.
Encontros quinzenais, quartas-feiras, às 20:30 hs.
Vanessa Nahas (vnahas@yahoo.com.br) - EBP/AMP - responsável pela atividade na EBP-SC (em formação)
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