quinta-feira, 23 de outubro de 2008

NÚCLEO DE PESQUISA SOBRE PSICOSE

O Núcleo de Pesquisa Sobre Psicose participou, no dia 13/10/08, de uma discussão no IPAT (Instituto de Psicologia e Acompanhamento Terapêutico), a respeito do tema “Urgência Subjetiva: Intervenção em crise”, juntamente com Felipe Brognoli, psicólogo do CAPS II – Ponta do Coral(Centro de Atenção Psicossocial).
O Núcleo representado por Maria Teresa Wendhausen, Mariana Niemeyer e Rômulo Vargas, aproximou a clínica da urgência subjetiva à clínica da psicose, no que estas têm em comum o fato de o sintoma apresentar-se como um gozo fora do sentido, que não pede interpretação. Nos tempos da queda do pai, tempos em que vivemos, em que não há uma instância organizadora central, o que era próprio da psicose se prolifera no campo social, de tal modo que vamos encontrar, nas novas formas de manifestação do mal estar na cultura, algo próprio do estatuto do sintoma na psicose. O que, então, a clínica da psicose tem a nos ensinar no tratamento dos novos sintomas, tais como anorexia, toxicomania, pânico, etc? Esta foi a pergunta lançada pelo núcleo.
Felipe abordou a questão da urgência, da crise, desde uma perspectiva que vem trabalhando, qual seja, que trata-se de um momento em que há uma crise dos saberes, que tanto o sujeito, quanto a família e os profissionais que dele se ocupam experimentam.
Do gozo fora do sentido que não pede interpretação a uma crise dos saberes , há todo um campo, aí, a ser constituído, em termos de como operar. Foi em torno disto que se deu um enriquecedor debate entre os participantes.

Maria Teresa Wendhausen - Coordenadora do Núcleo de Pesquisa Sobre Psicose EBP-SC (em formação)

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